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Agarrando a Profundidade do Tempo como
Um
Primeiro Passo Para o Entendimento da
Evolução .” by Verlyn Klinkenborg
No mês passado uma
equipe de paleontologistas anunciou que foram encontrados vários embriões de
dinossauros fossilizados
tendo 190 milhões
de anos de idade – algo como 90 milhões mais velhos do que quaisquer outros
embriões de dinossauros encontrados até agora . Estes números são sempre um
pouco intimidantes. Desde quando eu era criança em uma escola pública
do escolar no
estado do Iowa , tenho aprendido a lidar com eons e eons que estão inseridos no
universo à nossa volta.
Eu conheço os
números como eles são no presente , e eu sei o que eles significam ,
comparativamente de uma maneira grosseira .
O universo é
talvez 14 bilhões de anos de idade . A terra é algo como 4.5 bilhões de anos de
idade. Os mais antigos fósseis
hominídeos tem cerca de 160.000 anos de idade .
A verdade destes
números tem o mesmo efeito em mim quando estou olhando para o céu à noite em
pleno deserto . Me enche de um senso de imensidão inesplicável . Penso que não
estou sozinho nisso.
Um dos mais
poderosos limites da imaginação humana é nossa inabilidade para agarrar , de
uma maneira intuitiva , as profundezas do tempo terrestre e cosmológico. Esta
inabilidade é raramente surpreendente porque nossas próprias vidas são tão
pequenas para comparação. É bem difícil para explicar , com uma
breve escala da
historia humana . Mas a dificuldade para a compreender o que o tempo é, numa
medida de escala evolucionaria , eu penso , seja um impedimento maior para
compreender a evolução .
Há aproximadamente
3.5 bilhões de anos desde que vida primitiva se originou neste planeta. Este número
não é inimaginável em si mesmo, se VC está pensando simples , unidades
discretas como o dólar ou grãos de areia . Mas 3.5 bilhões de anos de historia
biológica é diferente . Todos esses anos realmente se passaram , momento a
momento , um a um . É uma inclusão em uma já vivida realidade , incluindo todas
as vidas de todos os organismos que vieram e que foram . Esta expansão de tempo
define um campo de interesse de possibilidades biológicas na qual a vida na sua
extraordinária diversidade tem evoluído . Foi o tempo em que permitiu a nossa
existência.
A idéia destas
quantidades de tempo é extremamente nova .
Os humanos
começaram a entender a verdadeira escala do tempo geológico, no inicio do
século XVIIII .A provável profundidade do tempo cosmológico e a extensão da
historia das espécies humanas, veio a luz somente na época de nossas proprias
vidas atuais .
Isto é muito para
absorver e , não surpreendentemente , muitos se recusaram a absorção de tudo
isso . Quase que todo ataque à teoria da evolução – foi chamada de um desenho inteligente ou puro
creacionismo , sinônimos de rejeição para a mesma base de fé religiosa –
ultimamente requer uma menor perspectiva do tempo
biológico,
geológico e cosmológico.
Os humanos se
sentem mais satisfeitos imaginando um mundo de de proporções mais humanas , com
uma escala de tempo menor e uma narrativa mais racional de causa e efeito . Mas
as nossas preferências de crenças não faz diferença . O fato de que a vida na
terra chegou , a um ponto onde se torna possível crer e devido a um batimento
firme e constante de eons e uma natural seleção de tentativas e erros .
A evolução é uma
robusta teoria , com base cientifica , e tem sido testada de novo e de novo .
Um desenho inteligente não é uma teoria de modo algum , como os cientistas
compreendem a palavra mas uma campanha
muito bem financiada , política e religiosa para emudecer a ciência . Sua
proposta básica – a intervenção de um creador , um Deus – não pode ser testada
. Ela não tem evidencia para oferecer , e a suposição de que os humanos
foram divinamente creados são as mesmas
de suas conclusões .
As objeções à
evolução são baseadas em arrazoados silogísticos com um tratamento altamente
seletivo das evidencias físicas .
Aceitar a evolução
, não significa necessariamente descartar uma fé em Deus . Mas aceitar um
desenho inteligente , significa descartar a ciência . Muito tem sido feito em
uma pesquisa de 2004 mostrando que 45% dos americanos acreditam que a terra – e
os humanos nela – foram creados como descrito no livro do Gênesis , e dentro
dos últimos 10.000 anos . Isso é um triunfo da fé . É uma falha da educação .
O propósito de uma
campanha a favor de um desenho inteligente serve para aprofundar esta falha .
Apresentar os argumentos de um desenho inteligente é tolice . Da perspectiva
cientifica , não há debate . Mas mesmo na ilusão de um debate é uma vitória
desolada pelos antievolucionistas , uma
vitória baseada num relacionamento publico , como muitos tem sido em anos recentes
, em favor da ignorância e ofuscação .
O essencial , mas
sempre bem disfarçado , propósito do desenho inteligente, é preservar o mito de
uma separação , divina creação para os humanos na crença de que só isso pode
explicar o que somos . Mas há uma arrogância destrutiva , uma medrosa arrogância
, nesse mito . Ele nos coloca aparte da natureza , exceto para dominar . Perde
ambas , a graça e a profundidade moral de saber, que os humanos tem somente a
mesma sorte , o mesmo direito , na terra como qualquer outra criatura que
sempre viveu aqui . Há uma retidão – uma responsabilidade – nas profundas
origens ancestrais que partilhamos com todas as formas de vida .
Pesquisa ,
Tradução , Divulgação : Miguel Moyses Neto
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BH 27.08.2006
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