Boas
Maneiras Não Custam Nada – Provavelmente A Causa De Serem Sub Valorizadas Na
Nossa Sociedade.
Primeiramente
Publicado Por Urban Times 19/07/2013
Na
semana passada, uma assistente de check-out numa filial da Sainsburys, (rede
supermercados) do sul de Londres, se recusou a servir uma cliente porque ela –a
cliente- estava falando ao seu celular. A resposta da mídia – do Indian Knight
do Sunday Times, para Marina Hyde do The Guardian – foi um uníssono “Muito
Bem”, seguido de um mutante, “O que esta acontecendo com o mundo?” em uma
chacoalhada muito fatalista da sua cabeça coletiva. Os comentaristas tem se
deliciado em colher as atenções para um caso, no qual eles se sentem
decisivamente a fim de provar seu ponto de vista : a cortesia comum esta morta
– assassinada por um avanço da tecnologia e uma geração de ingratos, sem
receios e incontáveis jovens—e nos todos estamos indo para o inferno num
“carrinho de compras.”
Mas
antes que possamos todos corrermos para formar uma fila ordeira para entrar e
comprar os tickets para o inferno, eu penso que vale apena dar uma olhada no
mundo que nos criamos para nos mesmos.
Eu
tenho alguma simpatia por Jô Clarke (a cliente em questão) Sei que
tenho usado o telefone celular quando estou pagando pelas compras, no passado.
Naquelas ocasiões, teriam sido porque eu estava com pressa e tentando me
espremer numa chamada para um amigo ou para resolver algo para a hora da
alimentação ou ter perdido o momento para o presente de um aniversario enquanto
estava me esgueirando pelos corredores do supermercado, na minha hora do
lanche. E claro teria sido amável estar em condições de uma única tarefa para
compras de alimentos, sem dividir minha atenção, e interagir com um ser humano, processando
minhas compras.
Mas
num mundo onde as pessoas tem que trabalhar longas horas, responder mais
prontamente para todas as formas de comunicações, e milhões de coisas de uma
vez, qual a escolha que temos para nos mesmos?
Se queremos
nos permitir tempo suficiente para as coisas, uma de cada vez, e nos engajarmos
com as pessoas a nossa volta, precisamos criar um ambiente no qual isso possa
acontecer. Nos precisamos voltar atrás para os dias em que vivíamos em
comunidades verdadeiras, onde conhecíamos nossos vizinhos e os comerciantes
locais, e gastávamos uma tarde visitando uma variedade de pequenas lojas para
as nossas necessidades das compras semanais.
Se
VC me perguntar, as razoes pelas quais não vemos muitas pessoas aposentadas no
telefone celular nos check-outs dos supermercados, não e porque eles eram uma
geração menos viciadas em tecnologia, mas e porque eles tinham tempo para focar
nas tarefas mais a tempo e confiarem nas suas interações com uma outra pessoa,
ou para fazer aquela chamada quando chegassem em casa e já estivessem com todas
as compras, que haviam adquirido, no lugar. O inimigo não são os usuários de
telefones moveis, mas a sociedade que esta demandando múltiplas tarefas no seu
nível mais alto.
A
resposta do Sainsbury foi se desculpar com a cliente, explicar que não faz
parte da sua política recusar a servir quem esta usando seu celular, e oferecer
a ela alguns vouchers. O cliente esta sempre certo. Esta e a nossa política não
e mesmo? Se nos estamos de acordo com
um mundo livre e capitalista para fazer as coisas, então o
cliente e rei: nos prostramos a seus pés, e se não sentimos sendo gratificados
por uma determinada marca, nosso melhor recurso como consumidores (enviarmos email para a imprensa paralela) e
levarmos nosso dinheiro para outro lugar.
(De
fato, Jô Clarke já esta comprando em outra loja local daqui pra frente.)
Será
possível então que, a resposta publica tem estado do lado das manchetes : Se eu
quiser estar ao telefone móvel enquanto alguém esta escaneando minhas compras,
são prerrogativas minhas- eu e que estou pagando.”? Aqueles que balançam as
cabeças das pessoas, deram razão para uma jovem, a qual estava com a cabeça
inflada de auto titularidade, mas se nos aceitarmos – e formos auto
participantes em – numa sociedade na qual o dinheiro esta acima de tudo, na
qual os consumidores controlam o mundo, não deveríamos ser aqueles que geram
este sentido de titularidade que levam os clientes a clamar
“Mas
afinal de contas, quem e que paga seus salários!”?
Nao
e a tecnologia que esta trazendo a baila o esquecimento da etiqueta. E a
sociedade, na qual nos aquiecemos com a noção de que o dinheiro e tudo e aquele
que tem todo o poder, e no qual o ritmo da vida, requer a posse dele e nestes
tempos esta no ponto mais alto do pódio.
BH.
20/07/2013
Pesquisa , Tradução , Divulgação : Miguel Moyses Neto Se gostou
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