O
Que Rachmaninoff Significa Para Mim?
By
Nareh Arghamanyan
Seria
ele algum outro criptografo de sua própria magia misteriosa chamada “musica” ?
Ou seria ele um criador? Talvez um musico nômade? Ou talvez ate mais do que um
grande compositor ou um pianista? O que estaria ele mostrando para mim por sua
visão sombria, as vezes ate suave, algumas vezes ate uma musica encorajadora e
enobrecedora? Teria eu condições adequadas para ouvi-lo, ou pelo menos ate
sentir a transferência dos seus sentimentos e de suas emoções para suas
audiências e plateias? Porque sera que eu interpreto suas composições? Alguma
coisa mudaria em seu mundo maluco se eu não interpreta-las... Fantasia,
imaginação, ilusões, beleza absorvente, visoes impossíveis, insghts poderosos,
divina serenidade, cores brilhantes, em direção a luz e a eternidade...
A
musica de Rachmaninoff esta cheia de todos estes elementos e e isso que também
me atrai e me move. Mas seria so isso?... Eu quero, eu tento, discernir a
pessoa de Rachmaninoff atrás de sua musica (ou talvez a frente dela?), para
compreender de onde ele veio, o que fez a pessoa que ele era, o que enriqueceu
tanto o seu espirito, por exemplo seus Etudes tableau, cujas imagens ele
desejou desenhar com a sua fantasia poderosa—ou porque ele era capaz de sempre
ter as mesmas visoes? – O que sera que ele estava a dizer com o titulo de um
estudo? Mais tarde, eu me vi diante de uma frase de Rachmaninoff, o próprio,
dizendo: “Eu não acredito em um artista mostrando muitas imagens. Deixe que ele
mostre para si mesmo aquilo que ele imagina mais apropriado.” E assim eu tentei
e deixei minha fantasia voar livre: sinos tocando ao entardecer, um ciclone,
uma amazona que se perde numa floresta escura Russa, a qual não foi resgatada,
e finalmente se mistura com a escuridão mística, um funeral ritualístico, a
loucura... Alta, cadavérica, com olhos grandes profundos e azuis, e longos
dedos e ossudos, buscando migalhas, e constantemente sem descanso em busca de
uma fuga da sua jaula, nervosa, sem nenhuma auto confiança, e sempre profundamente
rejeitada... A falta de sua casa, vivendo no exterior por um quarto de século...
levanta e cai novamente, e depois levantando de novo, e ainda caindo
novamente... Musica e poesia; a triste e nostálgica poesia que sempre
acompanhou sua vida ... Rachmaninoff era um cristão ortodoxo e sabia como usar
a linguagem dos símbolos; e assim, sabia como manusear, para criar trabalhos
capazes de abrandar e purificar uma pessoa, trazendo sobre si maiores sentidos
e insights emocionais. Assim como a lua reflete a luz do sol, Rachmaninoff refletia
em sua musica o calor do fogo eterno, uma existência da qual nos imaginamos
somente uma luz diminuta, na tentativa de dispersar o mistério com nossas mãos.
Ele foi abençoado com um talento musical extraordinário, ele dominava a arte de
conduzir e criar obras de arte musicais – e ao mesmo tempo era um excelente
pianista—e mesmo assim não foi reconhecido pela maioria dos seus críticos contemporâneos,
e os amantes da musica. Pela sua técnica brilhante, seu ouvido excepcional, sua
musicalidade poética e a amplitude da sua performance, criou uma impressão equivocada:
de que era mais um brilhante pianista do que um compositor. Os críticos sempre
condenaram Rachmaninoff como compositor, assim como também diziam faltar nele a
profundidade; consideravam seu trabalho como sendo sentimental e manipulador,
baseado não nas regras da composição, mas ao invés disso na emoção e na percepção
sensorial. Por outro lado, o uso abrangente destes elementos estruturados, estilísticos,
e arquitetados, demonstram que estamos lidando aqui com um mestre profissional,
que tinha uma ampla compreensão dos segredos envolvidos com a composição. Uma
outra e mais convincente manifestação deste fato era a prioridade que ele dava
aos contrapontos na maioria de suas composições. Rachmaninoff foi muito
influenciado e inspirado por Bach e o considerou como o pai prévio de todos os
compositores. Ele enriqueceu a arte da polifonia com novas cores mais brilhantes. Neste álbum, “O
Plantio e a Colheita Do Sofrimento” eu inclui trabalhos de todos os períodos da
vida criativa de Rachmaninoff. A minha intenção foi a de apresentar o inteiro
spectro de sua personalidade, demonstrando a interconexão entre estas obras, e
sublinhando as características inerentes de cada obra.
BH
09.03.2014
Pesquisa, Tradução, Divulgação: Miguel Moyses Neto Se gostou
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