sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


Musica : A Chave Para O Sucesso ?

                            By Joanne Lipman – Outubro 23 2013

Condoleezza Rice treinou para ser uma pianista de concertos. Alan Greenspan, o ex presidente do Federal Reserve, foi  profissional do clarinete e do saxofone. O bilionário de hedge funds Bruce Kovner e um pianista com aprendizado na Juliard.

Multiplos estudos ligam a musica a realizações e sucessos acadêmicos. Mas o que sera que existe no aprendizado da musica de qualidade, que parece ter uma correlação com o sucesso do lado de fora em outros campos ?

A correlação não e uma coincidência. Eu sei porque eu perguntei. Coloquei esta questão para profissionais em altos voos em industrias de tecnologia a finanças e ate para a mídia, todos os quais tiveram vidas serias (frequentemente pouco conhecidas) e passadas como músicos. Quase todos eles tiveram uma conexão entre o aprendizado da musica com suas realizações profissionais.

O fenômeno se estende além da associação da musica com a matemática. Impressionantemente, vários destes realizadores me disseram que a musica abriu caminhos para a criação mental. E suas experiências sugeriram que o aprendizado da musica acaba afiando outras qualidades: Colaboracao. A habilidade para ouvir. Uma maneira de pensar que une as intenções das ideias disparatadas. O poder para pensar no presente e no futuro simultaneamente.

Os programas das escolas de musica tornariam a sua criança em um Paul Allen, o bilionário co-fundador da Microsoft (guitarra) ? Ou um Woody Allen (clarinete) ? Provavelmente não. Existem realizadores singulares. Mas a maneira que estes e outros visionários os quais eu mencionei para processar musica são intrigantes. Como seria a maneira deles aplicarem as licoes de musica e focar na disciplina de novos rumos do pensamento e das comunicações – e ate mesmo na solução de problemas.

Procure cuidadosamente e VC ira encontrar músicos em quase todas as industrias. Woody Allen toca semanalmente com uma banda de jazz. A apresentadora de TV Paula Zahn (cello) e o correspeondente chefe da Casa Branca da NBC Chuck Todd ( trumpete Frances ) foram a universidade como bolsistas de musica; Andrea Mitchell aprendeu o violino para se tornar profissional. Ambos da Microsoft Mr. Allen e o capitalista de risco Roger McNamee tem bandas de rock. Larry Page, o Co fundador do Google, tocou saxofone na high school. Steven Spielberg e clarinetista e filho de um pianista. O ex presidente do Banco Mundial James D. Wolfensohn tocou cello no Carnegie Hall.

“Não e uma coincidência,” disse Mr. Greenspan, que desistiu do Jazz como clarinetista, mas ainda da seus toques no seu living room. “Eu posso dizer para VC como estatístico, a probabllidade de que isso seja uma mera coincidência e extremamente pequena.” O ex presidente do FED acrescenta, “Isso e o que VC poderá julgar dos fatos. A pergunta crucial e : porque esta conexão existe? “

Paul Allen oferece uma resposta: ele diz que a musica “reforca sua confiança na habilidade para criar.” Mr. Allen começou tocando o violino com 7 anos de idade e trocou o instrumento para a guitarra na adolescência. Mesmo nos dias iniciais na Microsoft ele ainda pegava sua guitarra nos dia de maratona de programação. A musica era a analogia da sua rotina diária de hoje, com a canalização de diferentes tipos de impulsos criativos. Em ambos, ele diz, “alguma coisa esta sempre me empurrando para ver além do que já existe atualmente, para VC se expressar de uma maneira nova e diferente.”

Mr. Todd disse que há uma conexão entre os anos de pratica e de competição e aquilo que ele chama de “impulso para a perfeição.” O veterano publicitário e executivo Steven Hayden da credito a seu histórico como violoncelista, ao seu trabalho famoso, Apple ”1984” uma publicidade comercial criticando uma rebelião contra um ditador. “Eu estava pensando em Stravinsky, quando tive aquela ideia,” ele diz. E acrescenta que a sua performance no violoncelo ainda o ajuda em seu trabalho colaborativo: Quando toco eu treino comigo mesmo, literalmente, para tocar bem junto com os outros, e para saber quando solar e quando tenho que acompanhar.”  

Para vários dos que realizaram muito, os quais conversei, a função da musica e uma “linguagem oculta”, assim como Mr. Wolfensohn a chama, aquela que desenvolve a habilidade para conectar diferenças ou ate ideias contraditórias. Quando ele administrava o Banco Mundial, Mr. Wolfensohn viajou para mais de 100 paises, sempre falando sobre performances locais (e ocasionalmente se juntava a turma com um violoncelo emprestado), o qual o ajudava a compreender a “cultura do povo”, tao diferente da leitura dos balanços contabeis.”

E neste contexto que a muito discutida conexão entre a matemática e a musica se torna racional. Ambas são módulos do cerne de expressões. Bruce Kovner,o fundador do hedge fund Caxton Associates e CEO da Juilliard, diz que ele ve semelhanças entre seu jeito de tocar o piano com suas estratégias de investimentos; e como ele disse, ambas tem um padrão relacional, e algumas pessoas conseguem estender estes paradigmas em sentidos diferenciados.

Mr. Kovner e o pianista de concertos Robert Taub ambos descrevem uma espécie de sinestesia – eles perceberam padrões em 3 D. Mr. Taub, que ganhou fama pelas suas gravações de Beethoven e fundou desde aquela época, uma empresa de software, MuseAmi, diz que quando se apresenta, ele consegue “visualizar todas as notas e suas inter-correlacoes,” uma habilidade que traduz a intelectualidade em múltiplas conexões e em múltiplas esferas.”

Para outros, com quem eu falei, suas paixões pela musica sao muito mais notáveis do que seus talentos. Woody Allen me disse, “ Eu não sou um musico realizado. Eu consigo uma harmonia total pelo fato de me colocar, como se estivesse fazendo filmes.”

Mr. Allen ve a musica como uma diversão, desconectado do seu trabalho diário. Ele se ve como um “tenista de fim de semana que aparece uma vez por semana para jogar. Eu não tenho um bom ouvido ou um bom senso rítmico. Mas na comedia, eu tenho um bom instinto para o ritmo das palavras. Na musica, realmente, não tenho .”

Ainda assim, ele pratica o clarinete pelo menos meia hora todos os dias, porque, aqueles que tocam instrumentos de sopro, perdem sua embocadura  (posição da boca) se não praticarem : “Se VC quiser tocar mesmo, terá que praticar. “Eu tenho que praticar todos os dias para ser ruim do jeito que eu sou.” Ele se apresenta regularmente, mesmo em viagens turísticas internacionais, com sua banda Orleans de jazz. “Eu nunca pensei que tocaria em concert-halls do mundo inteiro para 5.000 ou 6.000 pessoas,” ele diz. “Posso dizer, muito inesperadamente, que a musica enriqueceu a minha vida tremendamente.”

A musica fornece equilíbrio, explica Mr. Wolfensohn, que aprendeu tocar o cello já como adulto. “VC não esta tentando ganhar uma corrida ou ser o líder disso ou daquilo. VC esta desfrutando da musica por causa da satisfação e da alegria que VC consegue dela, a qual e totalmente não relacionada ao seu status profissional.”

Para Roger McNamee, cujo empresa Elevation Partners e talvez mais conhecida pelo seus investimentos iniciais no Facebook, “ a musica e a tecnologia convergiram “ ele diz. Ele se tornou um expert no Facebook usando-o para promover sua banda, Moonalice, e agora esta focando em vídeos, live-streeaming suas apresentações. Ele diz que os músicos e os profissionais top , dividem esta necessidade desesperadora de mergulharem em aguas profundas.” Esta capacidade obsessiva parece unir os melhores profissionais na musica e em outros campos.

Ms. Zahn se lembra de gastar cerca de 4 horas por dia, “enrolada e trancada em salas de ensaios tentando aprender uma das fases” em seu violoncelo. Mr. Todd, agora com 44 anos, contou em detalhes sua audição solo com 17 anos de idade quando ele conseguiu a sua segunda maior nota na classificação – apesar dele ainda ser o primeiro trompete na Orchestra do Estado da Florida.     

“ Eu sempre acreditei que a razão de conseguir trabalhar em conjunto e na frente com outras pessoas,” ele diz. E uma habilidade aprendida por “tocar aquele solo mais uma vez, trabalhando naquela pequena secao uma vez mais,” e isso se traduz em ensaiar mais e mais vezes, e checar de novo e de novo ou ate três vezes em seguida.” Ele acrescenta “Não há nada como a musica para te ensinar que eventualmente se VC trabalhar duro, tudo fica cada vez melhor. VC vai ver os resultados.”

Esta e uma observação que vale lembrar uma época que a musica esta em busca incessante – e a educação da musica esta em declínio neste pais.

Considere a qualidade destes grandes realizadores que a musica aperfeiçoou : colaboração, criatividade, disciplina, e a capacidade para reconciliar as ideias. Todas elas são qualidades que notadamente estao ausentes da vida publica. A musica poderá não fazer de VC um gênio, ou rico, ou ate uma pessoa melhor. Mas ela ajuda a aprender melhor ou fazer com que VC pense diferentemente, para processar diferentes pontos de vista – a mais importante ainda, a ter prazer em ouvi-la.

Joanne Lopman e co-autora, com Melanie Kupchynky, do livro “Strings Attached”: One Tough Teacher e the Gift of Great.

BH 20/12/2013

 

Pesquisa, Tradução, Divulgação : Miguel Moyses Neto  Se gostou desta matéria, divulgue para seus amigos.

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