quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Timing, Not Time, Is Money

By Justin Locke, posted by SAP

Outubro 2014

Tive uma conversa numa ocasião com o baterista da Boston Pops Orquestra. Vou entrar num assunto grandioso para estabelecer um ponto de vista. A Boston Pops Orquestra, era naquele tempo, a mais famosa e bem sucedida orquestra do mundo. Eles tinham vendido milhões de discos, devido em grande parte a sua “musica” pop com as gravações, e este cara ... era o ritmista, o coração e a alma deste fantástico sucesso.

 

Nos estávamos em um ônibus indo para um concerto fora da cidade, e aconteceu do único assento disponível no ônibus, estava ao lado deste cara, e eu acabei sentando ali ao lado dele. Para quebrar um silencio estranho (eu era o mais novo na época), e comecei a falar de uma nova e espartana pratica que eu mesmo havia instituído. Eu falei sobre como eu estava me levando ao mais alto nível da metronomia e da precisao rítmica possível.

 

Eu trabalhei com este cara por 20 anos seguidos e esta foi a única conversa que eu tive com ele, mas foi fantástica. Ele olhou para mim com uma face autentica cheia de condescendência e disse” Controle e essencial, mas a precisao sozinha não tem valor. A ideia geral e tocar um pouco adiante ou um pouco atrás do ritmo. E isso que da a melhor “cor” para a musica e o seu melhor impacto emocional.”

 

Quando eu falo sobre a experiência do choque cultural em participar de uma orquestra genial, estou dando o mais perfeito exemplo disso. Aqui, em somente três frases, este cara basicamente refutou, com uma logica sem falhas, tudo aquilo que eu aprendi sobre o tempo e timing na cultura escolar da era industrial: a constante ênfase cega em sempre estar de acordo com o tempo, e nunca mais cedo ou um pouco atrasado, e sempre obedecendo o timing de uma maquina chamada relógio.

 

A maneira que nos tradicionalmente pensamos sobre o tempo e o trabalho esta obsoleta. Quando VC se da conta de fazer puramente um trabalho físico, o tempo cessa de funcionar no mesmo diapasão. E como se a física Newtoniana deixasse de trabalhar com as partículas sub-atomicas na velocidade da luz. Um exemplo, em um recente trabalho de repórter no programa 60 minutos, Steve Kroft explicou como os traders de alta frequência fazem uma coisa chamada de “correr na frente.” De maneira clara, pelo acesso ligeiramente mais rápido dos cabos de fibra ótica, os quais deixam que VC veja as ordens do mercado de acoes três milissegundos na frente de todo mundo. Desta maneira, eles podem ver a sua ordem antes que ela chegue “ao mercado” e comprar a acao que VC deu a ordem um milissegundo na sua frente. Desta maneira, eles podem então vender a acao de volta com um centavo a mais do que o preco que VC pensou que seria vendida.

 

Um centavo não parece ser muito, mas se VC fizer isto centenas de milhões de vezes em uma hora, acaba valendo muito. Para dezenas de bilhões de dólares. Isso normalmente e ilegal, mas não neste contexto. Neste caso, foi um milissegundo do timing, não grandes períodos de tempo, e o dinheiro estava la esperando por VC.

 

Todos nos já ouvimos a frase “tempo e dinheiro.” E vários de VCs já ouviram a frase “tempo e emoção.” Mas aqui temos uma que VC ainda não ouviu : Tempo ... e emoção. Todas as emoções na musica são expressadas e invocadas por manipulações subjetivas do tempo. Tudo aquilo que VC faz tem um impacto emocional diferente dependendo de quão rápido ou mais devagar VC o faz. Se um cliente se sente apressado, aborrecido, ou desrespeitado, isso e quase sempre um problema do tempo. Demorar muito tempo para ajudar um cliente, e tao ruim quanto demorar pouco tempo.

 

O problema e, a vergonha e o medo da vida moderna se mistura com suas emoções, e então com o seu senso de tempo e timing, de modo importante. Eu conheci pessoas – pessoas brilhantes – que perderam todas as conexões com o seu senso interno de tempo. Eles não conseguem encontrar o “UM” numa batida de “QUATRO” tempos. VC já perecebeu estas pessoas tentarem dancar? E triste observar. Nos vivemos em uma sociedade emocionalmente com números a nossa volta, e isso quer dizer que nosso senso de timing se reflete também sobre os números.

 

Gerencia industrial do tempo e muito cruel, e também baseada nas pessoas trabalhando como maquinas. Trata-se de tudo sobre “durações” equalizando valores. Isso não e mais o caso. Se uma criança aprende X quantidades em seis horas de escola, isso não quer dizer que ela vai aprender duas vezes mais rápido como se fossem 12 horas, mas varias pessoas que pensam em termos, com base no tempo das maquinas industriais, pensam que e a mesma coisa.

 

Muito interessante foi o que aconteceu com os que “correm na frente”, eles foram derrotados pela demora do fluxo de informações, não foi porque iam muito rápido. Isso parece loucura para aqueles que pensam no tempo industrial, mas para um musico, ou alguém que atingiu uma maestria da calma, faz sentido. Ir mais devagar pode te dar mais controle, e algumas vezes o mais vagaroso ou um pouquinho atrasado passa a ser um tempo melhor.  

 

O tempo não e bom para celebrar, e não e algo que fica parado num pallet para ser armazenado. E sim, em essência, um meio de expressão artística, para o bem ou para o mal; na medida que escapamos da fabrica da vida, ficamos habilitados para um renascimento no local de trabalho, e voltando para onde seremos menos do que um “nada” e mais como um artesão único para a arte. Nos teremos muito mais expressões artísticas/emocionais no nosso dia a dia e na nossa vida de trabalho, e não suprimindo-a de alcançar maior velocidade, como aquela que tem um único valor que teremos para oferecer após os robôs e os computadores tomarem todas as tarefas repetitivas.

 

Após um século dos nossos locais de trabalho serem reinados pela maquina chamada de relógio, a era digital tem feito com que nosso tempo medido de trabalho sem significado nenhum. O mundo depois da era industrial e suas tradições – de ver as emoções como um trapo de eficiência, ao invés de duas bases: confiança,(dinheiro) e o cerne da economia,(desejo sem alcance) – nos incomoda infinitamente. Repensando – ou talvez nos poderíamos dizer, sentindo diferentemente – como nos olhamos o tempo, seria a chave para uma transição. O tempo não e uma constante. Ele voa, ou se arrasta no infinito dependendo de como nos sentimos no momento. Timing, e não o tempo e dinheiro.

 

John Locke e um escritor free-lance, roteirista, coach, e consultor orador. Ele e o autor de “Principios da Estupidez Aplicada”, um guia pragmático de como as pessoas inteligentes podem tirar vantagens do Principio Dilbert, e de Os Homens Reais Não Ensaiam, uma memoria do tocador de baixos da Boston Pops Orquestra. Em seus livros, seminários, e apresentações ele divide uma visão panorâmica e artística dos desafios do gerenciamento e das copias da vida em geral. O seu web-site e www.justinlocke  .  

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BH 20.11.2014

Pesquisa,Traducao, Divulgação: Miguel Moyses Neto  Se gostou desta matéria , divulgue para seus amigos.

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