domingo, 3 de agosto de 2014


Indústria de semicondutores pode se recuperar em 2013, prevê KPMG

16-01-2013

Executivos da indústria de semicondutores fazem planos para viabilizar uma recuperação em 2013, mais provavelmente no segundo semestre do ano. Olhando além da recuperação, os Estados Unidos ultrapassaram a China como o mais importante mercado em termos de receitas, de acordo com a pesquisa global da indústria de semicondutores realizada pela KPMG LLP, firma-membro norte-americana das áreas de serviços de Audit, Tax e Advisory da KPMG International.

Há um ano, os executivos da indústria de semicondutores ouvidos pela KPMG previram um menor crescimento e mostraram menos confiança. Hoje, à medida que a indústria se vê na situação de adversidade econômica que era prevista para o encerramento de 2012, 75% dos executivos ouvidos disseram que o crescimento das receitas de suas empresas será maior no atual exercício fiscal, comparado com previsão positiva que atingia 63% no ano anterior a este respeito.

Além disso, 66% esperam um aumento na força de trabalho, ao passo que somente 48% tinham essa expectativa na pesquisa do último ano. Também 71% dos que responderam ao estudo dizem que a lucratividade anual da indústria aumentará neste ano.

“As conclusões da pesquisa reforçam nossa crença de que veremos o início de uma retomada em 2013, com uma recuperação gradual se intensificando na segunda metade deste ano", afirma Gary Matuszak, líder global da prática de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG. “E, ao contrário de recuperações passadas, esta não será impulsionada somente por aparelhos e comunicação sem fio, já que outras aplicações estão se tornando geradoras de receita cada vez mais importantes, tais como o gerenciamento de energia, considerando a proliferação de dispositivos sem fio”, explica.

No Brasil

Indústria ainda em implantação aqui no Brasil, as expectativas para 2013 são boas, especialmente a partir da participação de grandes players nesse mercado. “Vemos o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), do Ministério da Ciência e Tecnologia, contribuindo para o início de parques industriais por aqui. Percebemos grandes grupos, como IBM ou EBX, entrando nesse mercado. Mesmo assim, o Brasil ainda tem muito a percorrer para competir especialmente com os concorrentes asiáticos”, afirma Marcelo Gavioli, sócio da KPMG no Brasil.

“Os gastos com a importação de semicondutores para o Brasil são significativos no setor, estando próximos de 13% de tudo o que é investido nas aquisições externas de eletroeletrônicos ao ano. Reduzir esse custo pela produção nacional pode representar um importante salto para o fortalecimento da indústria eletrônica no País”, conclui.

EUA e China

O conjunto ampliado de aplicações significativas de semicondutores pode ser responsável pela mudança na importância dos mercados geograficamente, colocando os Estados Unidos à frente da China. Pelo terceiro ano consecutivo, um número menor de executivos da indústria acredita que a China será o mercado mais importante para o crescimento da receita de semicondutores da empresa para os próximos três anos, ao passo que a importância do mercado norte-americano cresceu. Seguem-se em importância os mercados da Europa, Coréia e Taiwan, o qual há dois anos vinha na segunda posição, ligeiramente à frente dos Estados Unidos.

“O declínio da Coreia e de Taiwan pode ser explicado pela grande exposição à economia do Japão e da China, os quais estão ambas em condições piores do que em 2011,” afirma Matuszak.

No mercado em expansão no uso de semicondutores, as aplicações de consumo ultrapassaram aquelas sem fio na primeira colocação na lista de mais importantes geradores de renda na indústria de semicondutores no próximo exercício fiscal, e o setor de computadores continua entre os três primeiros. Além disso, mais executivos do que nas três pesquisas anteriores classificaram as aplicações industriais, médicas e automotivas e o gerenciamento de energia como importantes geradores de receita.

“Os semicondutores tornaram-se uma tecnologia capacitadora em muitas áreas, além das aplicações tradicionais sem fio e de computador, tais como comércio móvel e novas características de automóveis,” afirma Ron Steger, líder global da prática de Semicondutores da KPMG. Segundo ele, “não nos surpreendemos com a maior ênfase no gerenciamento de energia, já que a proliferação de dispositivos sem fio está fazendo com que ele seja a característica de desempenho mais importante hoje.” Neste ano, 53% dos executivos afirmaram que a energia renovável, como tecnologias de bateria, será um gerador importante de receita nos próximos três anos, em comparação com 36% de um ano atrás.

Outras conclusões:

- Sessenta e seis porcento, em comparação com os 62% do ano passado, preveem um aumento no número de fusões e aquisições na indústria no exercício fiscal de 2013;

- Setenta e sete porcento dos executivos ouvidos esperam um aumento nos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento relacionados a semicondutores no próximo exercício fiscal, um aumento significativo com relação a 2011, quando 65% tinham essa expectativa;

- As tecnologias de comunicação de campo próximo (NFC, 32%) e de identificação de radiofrequência (RFID, 28%) foram citadas de maneira mais frequente como aquelas que devem oferecer as melhores plataformas para a realização de pagamentos móveis;

O estudo da KPMG, realizado em setembro, ouviu 152 líderes de negócio da indústria de semicondutores, principalmente executivos de nível sênior, incluindo fabricantes de semicondutores, profissionais de pesquisa e design de semicondutores e fabricantes de dispositivos. Metade das empresas representadas nesta pesquisa tem receita anual de US$ 1 bilhão ou mais.

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BH 03.08.2014

Pesquisa, Divulgação: Miguel Moyses Neto  Se gostou desta matéria , divulgue para seus amigos.

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