Opiniao (624)
By
Moises Velasquez-Manof
Escritor
Contribuinte de Opinioes Pubs. By The New York Times
Em
Maio de 2017, Louise decidiu que sua vida estava muito difícil, e ela decidiu
acabar com ela. Nos quatro anos anteriores, três irmãos e um meio irmão
morreram, dois por doenças, um em incêndio e outro por problemas respiratórios
e engasgo. Amigos foram embora. Ela se sentiu dolorosamente sozinha. Seria a
quarta vez Louise (eu estou usando o seu nome do meio para proteger sua
privacidade), ela já estava com 68 anos de idade, para atentar contra sua
própria vida, e estava decididamente fazer da maneira mais apropriada.
Ela
escreveu uma carta com instruções de onde estavam documentos mais importantes e
quem herdaria o que ela tinha. Ela embrulhou suas joias e trabalhos artísticos,
endereçando cada uma das caixas para amigos íntimos e membros da família. Entao
ela se hospedou em um motel – aqueles em que as pessoas cometeram suicídios e
perderam valores mas ela não queria vender seus pertences por preços abaixo do
mercado – e então colocou um lençol de plástico na cama, deitou-se e engoliu o
que ela imaginou que seria o suficiente como uma overdose de pílulas prescritas
junto com champanhe.
Alguns
dias mais tarde, ela acordou numa enfermaria em Albuquerque. A funcionaria que
arruma os quartos a encontrou. “Eu estava muito chateada, eu havia falhado,”
ela me contou recentemente. E então ela tentou cortar seus pulsos com um
bracelete que estava usando --- sem sucesso.
A
taxa de suicídios esta aumentando nos USA desde o inicio do século, e agora e a
decima causa de mortes, de acordo com o Centers for Disease Control e
Prevencao. Esta sendo chamado de crise de saúde publica. E ainda nenhuma classe
de drogas foram desenvolvidas para tratar a depressão (e por extensão os auto
extermínios) em cerca de 30 anos, desde o advento da serotonina seletiva e os
inibidores como o Prozac.
A
tendência muito provavelmente tem causas sociais – na falta de acesso para
cuidados da saúde, stress econômico, solidão e desespero, epidemias com
opioides, e as dificuldades únicas enfrentadas pelas cidades pequenas da
America. Estes são problemas sérios que precisam de soluções de longo prazo.
Mas enquanto isso o campo da psiquiatria precisa desesperadamente de novos
tratamentos e opções para os pacientes que se apresentam com os estômagos
cheios de pílulas.
Agora,
os cientistas pensam que encontraram uma solução – um antigo anestésico chamado
ketamine, o qual em doses mínimas, podem, diminuir os pensamentos sobre
suicídio quase imediatamente.
A
depressão era constante na família de Louise. Ela já havia atingido todos seus
irmãos, ambos os pais e sua avo. O Prozac ajudou Louise por algum tempo, mas
cessou de funcionar para ela no final dos anos 2000, mas ele funciona em
algumas ocasiões. Nenhuma outra droga parece servir ao seus estados mórbidos de
humor.
Após
sua tentativa de suicídio, o psiquiatra de Louise sugeriu que ela tentasse o
ketamine. Ela concordou, e recebeu uma infusão intravenosa. Em poucas horas,
seu estado melhorou. O hospital a dispensou. De volta para casa, ela descobriu
que ir ao supermercado já não era uma “tarefa hercúlea”. Ela pegou seu carro e
o lavou como se isso já não fosse insuportável. “A vida estava melhor,” disse.
“A vida estava mais viável.”
Usando
o ketamine para tratar a depressão e a possibilidade de suicídio e de alguma
maneira controversa. Numerosos estudos sugerem que e uma grande promessa, mas
somente agora esta sendo testado com o controle de tentativas com placebos em
centenas de pacientes. Esta ficando popular em alguns clubes e círculos de
amigos. Como a morfina, ele pode operar
no sistema opioide, e pode induzir a sentimentos de euforia. Ocasionalmente,
aqueles que abusam da ketamine desenvolvem sintomas severos, incluindo danos ao
cérebro, alucinações persistentes e uma inflamação dolorosa da bexiga chamada
cistite.
Seu
corpo foi encontrado uma semana depois, atrás do volante do carro. Esta era sua
vida.
No
entanto, ficou provado que era seguro e eficaz em pequenas doses, a ketamine
esta para transformar como os médicos lidam com os pacientes geralmente com
depressão.
Esta
droga parece atender um problema já há muito tempo na emergência da
psiquiatria. A sedação e as restrições a parte, os médicos tem poucas maneiras
de estancar rapidamente a ideação suicida, ou pensamentos de auto--extermínio.
A atual fase de ante depressivos podem levar semanas e talvez meses para
funcionar, se aplicadas com todos eles. Eles podem também paradoxalmente,
aumentar os suicídios em alguns pacientes. A terapia com dialogo também leva
muito tempo (se ficar provado eficaz). Aqui estão alguns fatos relatados:
Alguns estudos indicam que os picos de suicídios logo após os pacientes serem
dispensados tem sido despresados sobre o ponto de vista dos centros
hospitalares.
A
Universidade de Yale descobriu o potencial da Ketamine como um ante depressivo
no fim dos anos 1990 e os cientistas no National Institute of Mental Health
confirmaram isso na metade dos anos 2000. Numerosos estudos se seguiram
sugerindo que a droga ajuda especificamente para o grupo dos pacientes
depressivos – cerca de 1/3 – para os quais nada mais funciona. Não funciona
para todos neste grupo, mas quando funciona, ela age dentro de poucas horas, e
não em semanas.
Os
níveis de suicídio não se sobrepõem exatamente com depressivos. Muitas pessoas
tentam o suicídio não porque eles estão clinicamente deprimidos, mas de maneira
impulsiva, porque foram demitidos ou porque separaram-se de suas namoradas e
namorados, ou algumas vezes somente porque ficaram embriagados. Eu tenho ouvido
falar de pessoas que apareceram em hospitais neste estado – desesperados, com
raiva, e desamparados ao invés de deprimidos – descritos como “embriagados
suicidas.”
Alguns
se mostram bem após a melhora da embriagues. Para aqueles que não bebem, a
ketamine pode ajudar independentemente do efeito da depressão. E em razão da
ketamine já ter sido aprovada pela Food and Drug Administration, os médicos
podem prescrever a droga sem rótulos. Isso significa que a droga existe agora,
porque pode ajudar na depressão e nos suicídios, e em função disso, ela se
torna teoricamente disponível para os pacientes.
Eu
fico pensando sobre isso durante as recentes discussões de alto nível a
respeito daqueles com alto nível de suicídios: o chefe de cozinha Anthony
Bourdain, a designer Kate Spade, e a atriz Margot Kidder. Poderia a ketamine
ter salvo qualquer um deles? Eles teriam conhecimento dela? Os psiquiatras
estariam sabendo?
“Mais
pacientes deveriam estar a par disso,” Louise me disse. “E realmente uma
mensagem divina.”
Mais
cedo este ano, eu escrevi sobre a ketamine e a depressão através da Internet e
eles me disseram que em algumas versões sobre o mesmo problema – que a ketamine
mudou suas vidas, e em alguns casos ate os salvaram dos suicídios.
A
ketamine funciona de maneira diferente dos outros ante depressivos. A teoria
prevalente e que ela atua no sistema cerebral (glutamate system), o qual os
cientistas agora chegaram a conclusão que pode estar envolvido na depressão, ao
invés da mais conhecida serotonina usada como droga semelhante ao Prozac.
Pesquisas com animais sugerem que bloqueando certos receptores do glutamato,
aumenta a plasticidade do cérebro – e a aptidão do cérebro de produzir novas
conexões dos neurônios – e corrige algumas anormalidades que são resultantes do
stress crônico. Estes efeitos salutares no cérebro, complementado com o
funcionamento mais rápido da ketamine, tem inspirado um fluxo de pesquisas. Um
numero de drogas sejam derivados da ketamine, ou baseados na maneira de como os
cientistas pensam como funcionam estão em desenvolvimento. A
Janssen-Farmaceutica esta trabalhando em um spray nasal.
Mas
a ketamine tem o que muitos veem como um grande fracasso. Ela pode produzir um
efeito colateral enquanto for administrada. Os pacientes podem se sentir como
se estivessem deixados seus corpos ou que estão morrendo. Louise descreveu sua
primeira experiência com a ketamine, com se fosse Picasso pintando
“Guernica”—desajustada e desagradável. Mas subsequentemente ao tratamento, ela
disse que foi “maravilhoso” – cheio de imagens de pássaros, peixes, e baleias.
A
questão ainda permanece sobre a segurança do uso no longo prazo. Pacientes
deprimidos sempre tem que retornar para “aumentar” no tratamento (Louise pensa
que necessita de uma infusão pelo menos uma vez ao mês). A droga e considerada
segura quando administrada uma vez, mas ninguém tem certeza de quantas
repetições da dose, pode afetar o cérebro. E a ketamine pode se tornar
dependente também.
Apesar
disso, dezenas de clinicas estão sendo abertas ao redor do pais oferecendo
infusões e ketamine como tratamento da depressão. As impressões destas clinicas
variam desde as preocupações sobre os lucros da ketamine (o tratamento de
Louise custou $ US 500 em dinheiro porque as cias de seguros não oferecem
seguro, quando prescritas sem indicações no rotulo) por terem conhecimento de
que ela pode servir de ajuda para pacientes desesperadamente doentes.
O
Dr. Jefrey Lieberman, psiquiatra chefe do Centro Medico da Universidade de
Columbia, disse que as novidades sobre cuidados com a saúde em seu site relatam
que alguns pacientes podem ter sido “forcados” a conseguir a ketamine.
O
Dr. Samuel Wilkinson, um psiquiatra da Yale University que estuda a ketamine se
preocupa em razão de estes operadores destas clinicas vao além dos tratamentos
estabelecidos para tentarem a ketamine. No caso em questão, Louise se recusou a
terapia eletro convulsiva, porque ela se lembra de sua mae e sua avo como
“zumbis vivos.” Na visão do Dr. Wilkinson, os pacientes deveriam considerar de
maneira firme, todas as outras possibilidades antes de mudar para a Ketamine. (E
a terapia eletro convulsiva, a qual ainda mantem uma reputação controvertida,
tem de fato melhorado muito, ele disse.) Ele também se preocupa com os impulsos
suicidas dos pacientes os quais podem desaparecer após o tratamento com a
ketamine, após a alta do hospital, mas ainda podem voltar após deixar de tomar
a ketamine – como algo em que ele ve acontecendo em pesquisas recentes.
O
tema mais importante aqui e aquele que pesa mais sobre os riscos de um novo
tratamento o qual ainda não foi totalmente avaliado e não tem uma visão de
longo prazo sobre os efeitos colaterais a respeito da condição cujo sintoma
principal e a urgência sobre os suicídios das pessoas.
O
Dr. Michael Grunebaum, um psiquiatra de Columbia que estuda a ketamine, pensa
que a droga não deveria ser relegada a um tratamento tardio. “Faz sentido que
isso tem importância algoritimica nas unidades E.R.s e em unidades de
pacientes,” ele nos disse. (Contudo se nas dependências de emergências todos
começaram a oferecer a ketamine, isso poderia criar novos problemas, ele
acrescenta. Como já ocorreu com os opioides, as pessoas podem dizer que são
suicidas, quando na verdade so estão querendo ficar “alterados”.)
A
maioria das indicações e endossos sobre a ketamine veem daqueles na linha de
frente da medicina : E.R. médicos. Eu encontrei Louise através de um medico
amigo, Lowan Steward, que trabalha na sala de emergência em Santa Fe, N.M.,
quando ela foi admitida num primeiro momento após se aplicar a overdose. Ele
também trata de pacientes na clinica onde a Ketamine e aplicada e foi para onde
Louise acabou indo. Falando de maneira geral, o protocolo nas salas de
emergências não incluem aplicações de ketamine em pacientes suicidas, e ele
argumenta que isso deveria mudar.
Sua
visão, informada pelas reviravoltas extremadas dos médicos das salas de emergência,
são validas a serem consideradas. Ele ve seus pacientes regularmente sofridos
por tiros e ferimentos a faca, pessoas que tiveram experiências e episódios psicóticos,
acidentes por carros e vitimas por overdose de drogas – e e claro também por
pacientes com tendências suicidas. Algumas vezes estes pacientes imploraram por
sua própria morte. Em outras ocasiões eles foram ameaçados e atacados por policiais – influenciados por enganos suicidas
provocados pelos próprios policiais.” Quando foram estabilizados por eles,
frequentemente ele teve que se trancar numa cela acolchoada por ate 24 horas
vestido somente com papeis a serem rasgados como pijamas, sedado ate que um
psiquiatra chegasse. “E horrível ,” ele me disse. A realidade e que numa sala
de emergência estes pacientes sempre acabam chorando sozinhos, ele me disse.
Medicos
de salas de emergência sempre tem muita familiaridade com a ketamine : Dr.
Steward usa isso como anestésico regularmente em crianças especificamente
porque são consideradas muito seguras. Como esta pesquisa foi revelada, mostra
um potencial para tratar de depressão e parar com os impulsos suicidas, ele
pensa como os médicos deveriam oferecer isso para os pacientes suicidas nas
salas de emergências. “ Nos poderíamos ajudar tantas pessoas, ele disse.
BH
25 12 2018
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Pesquisa,
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